Muita gente tem perguntado sobre as novas regras, inclusive tenho recebido vários convites pra falar na TV sobre as mudanças. Não tenho por dois motivos: Tempo estrangulado e sem cachê é flórida. Prefiro que profissionais na linguística o façam. Notou linguística sem o trema? Assim será daqui pra frente. Sinceramente, acho que essas mudanças só servem pra atrapalhar a cabeça de alguns e avacalhar com determinadas regras. Em todo caso, vamos nos acostumar e pronto.Divirta-se. São bastantes coisas pra serem observadas.
O objetivo deste nosso papo é o de mostrar, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era
Como fica
agüentar
aguentar
argüir
arguir
bilíngüe
bilíngue
cinqüenta
cinquenta
delinqüente
delinquente
eloqüente
eloquente
ensangüentado
ensanguentado
eqüestre
equestre
freqüente
frequente
lingüeta
lingueta
lingüiça
linguiça
qüinqüênio
quinquênio
sagüi
sagui
seqüência
sequência
seqüestro
sequestro
tranqüilo
tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era
Como fica
alcalóide
alcaloide
alcatéia
alcateia
andróide
androide
apóia
(verbo apoiar) apoia
apóio
(verbo apoiar) apoio
asteróide
asteroide
bóia
boia
celulóide
celuloide
clarabóia
claraboia
colméia
colmeia
Coréia
Coreia
debilóide
debiloide
epopéia
epopeia
estóico
estoico
estréia
estreia
estréio (verbo estrear)
estreio
geléia
geleia
heróico
heroico
idéia
ideia
jibóia
jiboia
jóia
joia
odisséia
odisseia
paranóia
paranoia
paranóico
paranoico
platéia
plateia
tramóia
tramoia
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era
Como fica
baiúca
baiuca
bocaiúva
bocaiuva
cauíla
cauila
feiúra
feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era
Como fica
abençôo
abençoo
crêem (verbo crer)
creem
dêem (verbo dar)
deem
dôo (verbo doar)
doo
enjôo
enjoo
lêem (verbo ler)
leem
magôo (verbo magoar)
magoo
perdôo (verbo perdoar)
perdoo
povôo (verbo povoar)
povoo
vêem (verbo ver)
veem
vôos
voos
zôo
zoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era
Como fica
Ele pára o carro.
Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte.
Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo.
Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra.
Comi uma pera.
Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
- Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r:
sub-região, sub-raça etc.
- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.
Resumo - Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
- Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
- Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
- Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
- Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação, pan-americano etc.
3 O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Só a língua portuguesa, nos permite escrever assim.
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor Português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar Panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profunda privação passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... - Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. - Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: - Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? - Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitistes, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão. Perfeito: Pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaus, piabas, piaparas, pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo pereceu pintando... Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto: Pararei!·
E ainda há quem se ache o máximo quando consegue dizer: "O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma."!!!
E ainda há quem se ache o máximo quando consegue dizer: "O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma."!!!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Desejos simples e de coração de Drummond
Desejos
Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho gostoso como mel.
Pra começar a primeira semana verdadeira de 2009, tá de bom tamanho.
Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho gostoso como mel.
Pra começar a primeira semana verdadeira de 2009, tá de bom tamanho.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
A Recessão Deverá Ser Curta
Como queda de avião, o colapso de um sistema financeiro mundial tem várias causas complexas, por isto o diagnóstico é tão complicado.
“Foi o piloto!” (Bush),“Foi o avião!” (o capitalismo),“Foi o combustível!” (a ganância dos bancos),“Foi o motor!” (a alavancagem do sistema),“Foi a comida!” (os bônus dos gestores). São análises simplistas.
O mecanismo de segurança, o Banco Central com cláusula de independência, fracassou apesar da promessa de Ben Bernanke ao seu mentor Milton Friedman, de que isto jamais iria de novo acontecer.
“I would like to say to Milton and Anna: Regarding the Great Depression. You re right, we did it. We re very sorry. But thanks to you, we won t do it again.” Ben Bernanke*
Mas a questão crucial é descobrir a primeira causa, que foi piorando sem ser detectada. Quem não descobrir a verdadeira causa, jamais descobrirá a solução.
O motor desta crise, a causa principal, foi criado pelo Legislativo Americano em 1913 que permite deduzir da renda tributável, os juros da compra da casa própria - da casa de campo e até de um veleiro. Até o limite de 1 milhão de dólares de dívida.
Mais importante: é dedutível somente se for uma dívida.
“Mortgage interest is tax deductible only if the debt you acquire is secured debt - meaning your home is pledged as collateral on the debt.” IRS
A juros de 6,0% um americano pode abater US$ 60.000,00 de sua renda tributável de US$ 200.000,00, por exemplo, e pagar imposto de renda somente sobre US$ 140.000,00. Um caso concreto.
Multiplique por 30 anos, e você abate US$ 1.800.000,00 de sua renda de uma compra de US$ 1.000.000,00 a prazo. A conta não é exatamente correta, mas é o que muito americano faz.
É uma política econômica criada pelo governo que distorce o livre mercado, de cunho Keynesiano a favor do pleno emprego, e Chicago a favor da propriedade como fator estabilizador da democracia.
Uma política econômica que tem as seguintes conseqüências:
1. Estimula o super endividamento do todo o povo americano. Quanto maior a sua dívida imobiliária, maior será o seu subsídio de juros dedutíveis. Por isto, os americanos se endividam até o teto na área imobiliária. Você faria o mesmo.
“There are no cows more sacred in the tax code than the deductions for mortgage interest and property taxes. Together, they add up to at least a $75 billion annual subsidy for housing and homeowners.” New York Times
O incentivo de US$ 75 bilhões por ano ao longo de 30 anos do mortgage, equivale a um subsídio total US$ 2.3 trilhões, ou 20% do valor da dívida imobiliária americana. Quando se compra imóvel, 20% é pago pelo governo.
Casa comprada à vista não tem subsídio. Um absurdo econômico monumental, em vez de subsidiar os insumos da casa, ou outras formas de barateá-las.
2. Uma política econômica inflacionária que estimula a super produção. Estimula a procura de casas com o mínimo de entrada, e o máximo de dívida.
3. O imposto de renda americano permite deduzir 100% do juro nominal o que equivale a 200%, a 300% do juro real. Ou seja, parte da amortização da casa é dedutível, outro absurdo monumental.
Você gostaria de morar numa casa sem pagar aluguel? Você aceitaria morar numa casa sem pagar juros?
4. Quando se usa o juro nominal, a prestação não é corrigida. Pelo contrário, é corroída ano após ano.
Paga-se uma prestação elevada no início, tipo US$ 800,00 por mês, e no final de 30 anos uma prestação totalmente corroída pela inflação, tipo US$ 200,00, um erro monumental.
Paga-se muito quando se é jovem e pobre e paga-se pouco quando você é mais velho e ganha muito mais. Daí decorrem os elevados índices de inadimplência.
5. Como os americanos usam o método de Tabela Price, prestação constante e não amortização constante, a parcela de juros nas primeiras prestações é quase 90% juros, totalmente dedutíveis e vai caindo ao longo dos anos.
Fonte: National Association of Home Builders
Por isto, não é verdade que os pobres estavam “perdendo” suas casas para bancos sem escrúpulos. Os primeiros anos de prestação eram 90% juros e somente 10% “casa”. Tem contratos com “interest only” e sem entrada.
6. Como a inflação corrói anualmente a prestação mas aumenta o valor da casa, de tempos em tempos o americano implora do Banco uma segunda e terceira hipoteca, única forma de continuar a farra da dedução dos juros nominais do imposto de renda.
Americano usa esta segunda hipoteca para comprar carro com juro e amortização subsidiados. Se comprasse direto não teria juros dedutíveis.
Como é possível que nenhum colunista do Financial Times, Wall Street Journal ou Prêmio “Nobel” perceba este motor diabólico da economia americana? A maioria deve viver em casas alugadas de suas universidades.
Por que a Recessão Será Curta?
Porque nenhum americano percebeu a verdadeira causa, e ela continuará a vigorar. Ninguém irá tirar este subsídio, nem se pensa nisto.
Daqui a seis meses, ou menos, os americanos continuarão a querer desfrutar desta farra fiscal, notadamente os 1,5 milhões de americanos que irão se casar em 2009, mais os 200.000 que irão comprar casas de veraneios e os 300.000 que irão se separar. Total 2 milhões de casas, contra 737.000 atualmente em construção, a passos lentos. O estoque de casas vazias é de 300.000 a 400.000.
E mais. Hoje, o juro real é negativo, as casas estão 16% mais baratas, mas não por muito tempo. As casas voltarão ao preço inicial, ajudando os bancos pendurados.
Os Estados Unidos têm uma população ainda em franco crescimento, ao contrário da Europa e Japão. E com este incentivo fiscal, quem irá deixar de comprar uma casa barata, com tudo dedutível?
A única informação que falta, é deixar de acreditar que o mercado imobiliário ainda está em queda livre. Assim que perceberem que os preços dos imóveis pararam de cair, a recessão terminará imediatamente.
E obviamente, faltará financiamento. Mas isto se resolve com um único ato administrativo governamental.
Há 20 anos escrevo que os Acordos da Basiléia, ratificados pelo Brasil - bancos somente podem emprestar 12 vezes seu capital corroído pela inflação - foi o que lentamente destruiu os bancos comerciais e permitiu o crescimento dos bancos de investimento (sem regulamentação).
Por isto, os bancos americanos travaram. Não podem expandir crédito, pelo contrário, precisam contrair crédito (12 x a inflação de 2008), uma vez que não tiveram lucro no ano que poderiam contrabalançar este regulamento.
Basta mudar este acordo anacrônico, permitindo que os bancos corrijam seu patrimônio congelado há mais de 40 anos, em média.
Por que o problema imobiliário se alastrou e se auto-detonou?
Uma única questão deve estar na mente do leitor, porque um problema que sempre existiu só agora se alastrou.
1. Porque em 2000, 2001, 2002, o FED imprimiu um juro real negativo. O termo confunde as pessoas, porque negativo significa que você recebe juros em vez de pagar juros.
A partir de 2000, para cada US$ 100.000,00 de dívida imobiliária você recebia US$ 2.500,00 por ano, depois do IR, em vez de pagar US$ 2.500,00 de juro por ano ao banco. Inacreditável! Joe Garcia entende de economia muito mais do que Milton Friedman e Ben Bernanke.
E ainda se abate o juro nominal do imposto de renda como despesa dedutível, quando na realidade o governo lhe deu uma receita fiscal. Isto incentivou ainda mais os americanos, especialmente os de renda mais baixa, a procurar bancos e tomar empréstimos hipotecários.
2. Em 1999, o governo Clinton pressiona a Fannie Mae para dar mais empréstimos à população de baixa renda.
http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9C0DE7DB153EF933A0575AC0A96F958260
3. E para finalizar o desastre, a lei americana, como aqui, permite ao tomador de empréstimo imobiliário devolver a casa se o valor dela for menor do que o empréstimo, sem ter que arcar com os 28 anos de pagamentos restantes.
Se nada disto for escrito nos livros de história, teremos a repetição desta crise, mais regulamentação com regras equivocadas “corroídas pela inflação”, mais poderes para o Banco Central, e daqui a 50 anos vão dizer “we are sorry”.
Os verdadeiros culpados desta crise não foram o livre mercado, os bancos, o lucro, a ganância. Foi uma política econômica de incentivo à moradia que distorceu o mercado, dando incentivos absurdamente elevados (juro nominal) de forma equivocada (via endividamento) e os economistas de todas as escolas estão nos confundindo acusando os outros.
Os inocentes que serão presos e declarados culpados poderão ser vocês, e poderemos ter mais uma crise destas no futuro.
“Foi o piloto!” (Bush),“Foi o avião!” (o capitalismo),“Foi o combustível!” (a ganância dos bancos),“Foi o motor!” (a alavancagem do sistema),“Foi a comida!” (os bônus dos gestores). São análises simplistas.
O mecanismo de segurança, o Banco Central com cláusula de independência, fracassou apesar da promessa de Ben Bernanke ao seu mentor Milton Friedman, de que isto jamais iria de novo acontecer.
“I would like to say to Milton and Anna: Regarding the Great Depression. You re right, we did it. We re very sorry. But thanks to you, we won t do it again.” Ben Bernanke*
Mas a questão crucial é descobrir a primeira causa, que foi piorando sem ser detectada. Quem não descobrir a verdadeira causa, jamais descobrirá a solução.
O motor desta crise, a causa principal, foi criado pelo Legislativo Americano em 1913 que permite deduzir da renda tributável, os juros da compra da casa própria - da casa de campo e até de um veleiro. Até o limite de 1 milhão de dólares de dívida.
Mais importante: é dedutível somente se for uma dívida.
“Mortgage interest is tax deductible only if the debt you acquire is secured debt - meaning your home is pledged as collateral on the debt.” IRS
A juros de 6,0% um americano pode abater US$ 60.000,00 de sua renda tributável de US$ 200.000,00, por exemplo, e pagar imposto de renda somente sobre US$ 140.000,00. Um caso concreto.
Multiplique por 30 anos, e você abate US$ 1.800.000,00 de sua renda de uma compra de US$ 1.000.000,00 a prazo. A conta não é exatamente correta, mas é o que muito americano faz.
É uma política econômica criada pelo governo que distorce o livre mercado, de cunho Keynesiano a favor do pleno emprego, e Chicago a favor da propriedade como fator estabilizador da democracia.
Uma política econômica que tem as seguintes conseqüências:
1. Estimula o super endividamento do todo o povo americano. Quanto maior a sua dívida imobiliária, maior será o seu subsídio de juros dedutíveis. Por isto, os americanos se endividam até o teto na área imobiliária. Você faria o mesmo.
“There are no cows more sacred in the tax code than the deductions for mortgage interest and property taxes. Together, they add up to at least a $75 billion annual subsidy for housing and homeowners.” New York Times
O incentivo de US$ 75 bilhões por ano ao longo de 30 anos do mortgage, equivale a um subsídio total US$ 2.3 trilhões, ou 20% do valor da dívida imobiliária americana. Quando se compra imóvel, 20% é pago pelo governo.
Casa comprada à vista não tem subsídio. Um absurdo econômico monumental, em vez de subsidiar os insumos da casa, ou outras formas de barateá-las.
2. Uma política econômica inflacionária que estimula a super produção. Estimula a procura de casas com o mínimo de entrada, e o máximo de dívida.
3. O imposto de renda americano permite deduzir 100% do juro nominal o que equivale a 200%, a 300% do juro real. Ou seja, parte da amortização da casa é dedutível, outro absurdo monumental.
Você gostaria de morar numa casa sem pagar aluguel? Você aceitaria morar numa casa sem pagar juros?
4. Quando se usa o juro nominal, a prestação não é corrigida. Pelo contrário, é corroída ano após ano.
Paga-se uma prestação elevada no início, tipo US$ 800,00 por mês, e no final de 30 anos uma prestação totalmente corroída pela inflação, tipo US$ 200,00, um erro monumental.
Paga-se muito quando se é jovem e pobre e paga-se pouco quando você é mais velho e ganha muito mais. Daí decorrem os elevados índices de inadimplência.
5. Como os americanos usam o método de Tabela Price, prestação constante e não amortização constante, a parcela de juros nas primeiras prestações é quase 90% juros, totalmente dedutíveis e vai caindo ao longo dos anos.
Fonte: National Association of Home Builders
Por isto, não é verdade que os pobres estavam “perdendo” suas casas para bancos sem escrúpulos. Os primeiros anos de prestação eram 90% juros e somente 10% “casa”. Tem contratos com “interest only” e sem entrada.
6. Como a inflação corrói anualmente a prestação mas aumenta o valor da casa, de tempos em tempos o americano implora do Banco uma segunda e terceira hipoteca, única forma de continuar a farra da dedução dos juros nominais do imposto de renda.
Americano usa esta segunda hipoteca para comprar carro com juro e amortização subsidiados. Se comprasse direto não teria juros dedutíveis.
Como é possível que nenhum colunista do Financial Times, Wall Street Journal ou Prêmio “Nobel” perceba este motor diabólico da economia americana? A maioria deve viver em casas alugadas de suas universidades.
Por que a Recessão Será Curta?
Porque nenhum americano percebeu a verdadeira causa, e ela continuará a vigorar. Ninguém irá tirar este subsídio, nem se pensa nisto.
Daqui a seis meses, ou menos, os americanos continuarão a querer desfrutar desta farra fiscal, notadamente os 1,5 milhões de americanos que irão se casar em 2009, mais os 200.000 que irão comprar casas de veraneios e os 300.000 que irão se separar. Total 2 milhões de casas, contra 737.000 atualmente em construção, a passos lentos. O estoque de casas vazias é de 300.000 a 400.000.
E mais. Hoje, o juro real é negativo, as casas estão 16% mais baratas, mas não por muito tempo. As casas voltarão ao preço inicial, ajudando os bancos pendurados.
Os Estados Unidos têm uma população ainda em franco crescimento, ao contrário da Europa e Japão. E com este incentivo fiscal, quem irá deixar de comprar uma casa barata, com tudo dedutível?
A única informação que falta, é deixar de acreditar que o mercado imobiliário ainda está em queda livre. Assim que perceberem que os preços dos imóveis pararam de cair, a recessão terminará imediatamente.
E obviamente, faltará financiamento. Mas isto se resolve com um único ato administrativo governamental.
Há 20 anos escrevo que os Acordos da Basiléia, ratificados pelo Brasil - bancos somente podem emprestar 12 vezes seu capital corroído pela inflação - foi o que lentamente destruiu os bancos comerciais e permitiu o crescimento dos bancos de investimento (sem regulamentação).
Por isto, os bancos americanos travaram. Não podem expandir crédito, pelo contrário, precisam contrair crédito (12 x a inflação de 2008), uma vez que não tiveram lucro no ano que poderiam contrabalançar este regulamento.
Basta mudar este acordo anacrônico, permitindo que os bancos corrijam seu patrimônio congelado há mais de 40 anos, em média.
Por que o problema imobiliário se alastrou e se auto-detonou?
Uma única questão deve estar na mente do leitor, porque um problema que sempre existiu só agora se alastrou.
1. Porque em 2000, 2001, 2002, o FED imprimiu um juro real negativo. O termo confunde as pessoas, porque negativo significa que você recebe juros em vez de pagar juros.
A partir de 2000, para cada US$ 100.000,00 de dívida imobiliária você recebia US$ 2.500,00 por ano, depois do IR, em vez de pagar US$ 2.500,00 de juro por ano ao banco. Inacreditável! Joe Garcia entende de economia muito mais do que Milton Friedman e Ben Bernanke.
E ainda se abate o juro nominal do imposto de renda como despesa dedutível, quando na realidade o governo lhe deu uma receita fiscal. Isto incentivou ainda mais os americanos, especialmente os de renda mais baixa, a procurar bancos e tomar empréstimos hipotecários.
2. Em 1999, o governo Clinton pressiona a Fannie Mae para dar mais empréstimos à população de baixa renda.
http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9C0DE7DB153EF933A0575AC0A96F958260
3. E para finalizar o desastre, a lei americana, como aqui, permite ao tomador de empréstimo imobiliário devolver a casa se o valor dela for menor do que o empréstimo, sem ter que arcar com os 28 anos de pagamentos restantes.
Se nada disto for escrito nos livros de história, teremos a repetição desta crise, mais regulamentação com regras equivocadas “corroídas pela inflação”, mais poderes para o Banco Central, e daqui a 50 anos vão dizer “we are sorry”.
Os verdadeiros culpados desta crise não foram o livre mercado, os bancos, o lucro, a ganância. Foi uma política econômica de incentivo à moradia que distorceu o mercado, dando incentivos absurdamente elevados (juro nominal) de forma equivocada (via endividamento) e os economistas de todas as escolas estão nos confundindo acusando os outros.
Os inocentes que serão presos e declarados culpados poderão ser vocês, e poderemos ter mais uma crise destas no futuro.
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