Uma voz que se cala
*J. Rodrigues, meu parceiro de Jornal da Manhã na Paiquerê infelizmente não está mais em nosso meio. Um homem de 74 anos de idade com um coração de menino. Pai de família respeitado tinha preocupação constante com os filhos, a mulher e netos. O velho J. era brincalhão e ao mesmo tempo duro e firme sempre que precisasse sê-lo. São incontáveis os momentos de alegrias e histórias boas e não tão boas.
*Nossa amizade tem só 30 anos intensificados nos últimos 6 na bancada do J.M. Profissional , como poucos, que ficava bravo quando cometia algum deslize, quando pronunciava mal uma palavra ou quando não conseguia escapar de um gato de redação. Dos 58 anos de Rádio, tive a alegria de compartilhar mais efetivamente de 6 desses anos. 3 horas antes do AVC trocamos as últimas palavras. Eu e ele, nem pode
*poderíamos imaginar, que seriam as últimas. Que Deus o tenha a sua destra. Um dia, nos encontraremos novamente, para mais uma edição. Digo isso com tranqüilidade, pois a única coisa certa desta vida, é a passagem desta vida de agústia e dor para uma vida plena, exatamente esta que o nosso bom e velho J passa a viver. Não conhecer os desígnios de Deus, faz parte de nossa vida terrena, por isso sofr
*emos muitas vezes. Mas a fé nos mostra que o onipontente, onipresente e onisciente sabe o que faz.
“Adeus amigo”