quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O povo brasileiro é bom , é do bem e merecedor de uma nação mais ética.


Todos nós queremos uma nação ética, mas nem percebemos que no dia a dia praticamos a falta dela frequentemente ou pelo menos uma vez a fizemos. A falta de ética não está somente no político que se apropria de dinheiro público em benefício próprio, mas no motorista que para em fila dupla no trânsito já tumultuado. A falta de ética não se resume aos que fazem coisas ilícitas para o seu próprio bem, mas no cidadão que compra ou falsifica uma simples carteira de estudando para pagar meia. A falta de ética não está somente nos formadores de quadrilha e feitores de conchavos para enriquecimento ilícito, mas também está presente na atitude de quem estaciona na vaga do idoso, sem ter esse direito legal. A falta de ética não está somente nas licitações fraudulentas, mas também está no cidadão que vive fugindo da polícia de trânsito por estar dirigindo sem carteira de habilitação ou com a documentação do carro irregular.  A falta de ética não está apenas no elemento que desvia verbas da merenda escolar para investir em carros importados e mansões luxuosas e bilionárias fora do país. A idéia de que existem pessoas que valem menos ou nada, a idéia de que há serem humanos merecedores de luto e outros que não mereçam luto é anticristã e antiética. Essa seleção que fazemos das pessoas que trabalham, possuem família, são do bem e geradoras de riqueza (caso da maioria absoluta) tem haver com a tradição trazidas pelos senhores dos tempos da escravidão, que até hoje lutamos para derrotar o conceito daqueles que imaginam estarmos vivendo naquele tempo. A falta de ética pode sim estar presente em vários contextos, ainda que insignificantes como o furto de um simples lápis, de um estacionamento na vaga para portadores de necessidades especiais, na apropriação indevida ou nos pequenos roubos. O duplo discurso que diferencia a apropriação indébita de objetos de pequenos valor e do desvio de milhões, é o maior exemplo da falta de ética que tanto combatemos. Ética é Ética, independente de valores financeiros ou sociais. Quaisquer pontos da barbárie presenciada, como todas as que estamos assistindo no Brasil, tem um significado nefasto: a falência da ética e isso não podemos permitir. Não cabe a nós a exigência da implantação do paraíso do País diante de tanto desgaste da política brasileiro e dos seus comandantes, mas queremos que seja possível imaginar uma nação melhor e menos desigual.  A prática da ética é a única capaz de mudar o meu universo, o meu espaço, a minha rua e as pessoas próximas a mim. A prática da ética é a única capaz de tornar a vida viável para todos e capaz de promover a melhor convivência. Neste momento estamos num desafio enorme. Em época de abundância econômica não se discute a ética pois todos os acontecimentos tornam-se menos relevantes, porém os tempos de crise escancaram a falta de ética.  O Brasil grande, diverso,  com mais de 200 milhões de habitantes, com tradição histórica e política e principalmente uma nação de gente do bem. As pessoas querem um pais mais justo e uma nação mais ética. Precisamos dar o primeiro passo de uma longa caminhada que é apurando o nosso senso de discernir e escolher pessoas probas e com um histórico de vivencia baseado na ética e na moral. Foram décadas de discursos inflamados e falsos. Que eles sejam substituídos por discursos que digam sim ao crescimento, a qualidade de vida, a mais oportunidades, a menos desigualdades e a tempos de ética e probidade. Que todos os culpados possam pagar pelos erros e devolver tudo o que foi subtraído do erário e principalmente que essa gente, jamais seja esquecida pelo povo, o mesmo povo que a levou a poder. O mesmo povo que quer oportunidades e não esmolas.