No
passado “Homens de Palavra” eram aqueles que uma vez empenhada a palavra não
recuavam ainda que para esse tivesse de perder tudo o que possuía. Gente de
palavra era capaz de honrar e defender a todo custo, com unhas e dentes tudo o
que prometera. Lembro-me de meu pai quando dava a sua palavra, independente do
tema ou do mais absurdo que pudesse ser. Ele sempre honrava o que dizia. Muito
diferentes das pessoas de hoje em dia que falam uma coisa agora e esquecem o
que foi dito na próxima esquina. Do ponto de vista da honradez pelo fio do
bigode, hoje temos de reconhecer que tudo está mudado e bem diferente. Palavra honrada era cumprida, pois o maior
patrimônio de um homem, não eram os bens que possuía, mas sim sua palavra. Dar
a palavra significava ser fiel e coerente para com a propositura. A palavra
tinha uma importância e riqueza sem fim, pois a Palavra, não era apenas palavra, mas sim a possibilidade de uma extensão de fidelidade e respeito a quem
acreditou em você e um exemplo a tantos quantos reconheciam naquele homem a
força, a potência, a fidelidade, a veracidade e a competência de alguém que
tendo empenhado a palavra, aquilo era tudo de que alguém pudesse precisar como
garantia. Quem falou? O Sr. Manoel falou. Ah então se ele falou pode esperar.
Isso significa estender o seu respeito a todos aqueles que pautaram uma vida
acreditando em você. No caso do meu pai, só da família eram dezenas de pessoas
que acreditavam na palavra do Manoel José Lopes, e isso durou a vida toda, enquanto viveu entre nós. Honradez dotada por enorme qualidade intelectiva com bases éticas e morais de grande relevância, nomes muito conhecidos e de prática obsoleta, praticamente em desuso em tempos onde o que fala-se, não se escreve-se da a sua capilaridade.
(Saudoso Manoel José Lopes)
Muito curioso isso. Quando você age de
maneira fiel a sua palavra, você respeita aqueles que tomaram decisões
acreditando que você faria aquilo do jeito que disse que iria faria.
Integridade é a integralidade entre o presente e o passado. Integridade é coisa
de caráter de uma pessoa. A fidelidade é a única que confere ao caráter a
existência da certeza das coisas, pois aquele que promete e descumpre por
conta, seja lá do que for, costura ao seu redor, relações de desconfiança que
certamente tornarão insustentáveis a sua presença nas relações vindouras. O
empenho da palavra no passado, era prática comum aos homens de bem.