Chegando de São Paulo. Mais uma consulta. Desta
feita com o Professor Doutor Luiz
Augusto Franco de Andrade. Ele é neurologista
especializado em distonias focais primárias e secundárias. Uma das questões
interessantes sobre o tema Distonia é que não há causas específicas com
pacientes de todos os segmentos e estilos de vida. Nota-se que alguns pacientes tem órgãos atingidos, pela
excelência no que fazem, caso do Maestro João Carlos Martins (pianista),
profissionais de dança com movimentos técnicos precisos, profissionais que
lidam com instrumentos de corda ou de sopro, cardiologistas cirúrgicos e outras
atividades que exigem sintonia fina e de outros registros de exímios profissionais
das mais variadas áreas. Em razão do baixo números de distônicos, os avanços
tem sido lentos nessa área. Há inclusive a implantação de eletrodos na área
afetada. Cirurgia invasiva e recomendada em casos severos. Quanto as muitas sensações que paciente reclamam, vem a reboco do própria problema em razão da impotência em lidar com ele. Quanto aos poucos casos de reversão espontânea, todos eles ocorreram tendo os pacientes algo em comum. Desistiram de lutar com a doença, como se diz na gíria, jogaram a toalha. No meu caso, a curiosidade de tantos quantos
anseiam por uma melhora urgente, é grande. Querem saber de tudo e sobre várias
coisas. Foram 3 horas de consulta falando sobre o tema. Como eu já sabia várias
coisas sobre distonias focais, nos ativemos aos fatos que eu desconhecia. Há
sim várias tratamento paliativos. Alguns funcionam bem para uns e não tão bem
para outros. Tudo depende muito da resposta do organismo aos medicamentos. Uma
das indicações é a aplicação da toxina
botulínica que paralisa a ação contínua dos músculos antagônicos fazendo com
que os agônicos trabalhem melhor. Não resolve, mas causa algum conforto ao
paciente. Funciona super bem em distonias de língua e bléfaro. A aplicação é
feita trimestralmente, não faz mal, porém o músculo vai perdendo a capacidade,
o que não seria normal. O outro é Leponex que pode dar bom resultado,
dependendo da resposta do organismo. Caso a resposta seja boa sem aumento do glóbulos
brancos, a medicação poderá surtir efeito com a administração que varia de 25, 50, 75 ou 100 miligramas dia. Caso não dê
resultado satisfatório ou aumente os glóbulos, suspende-se o tratamento. Uma
terceira alternativa é um tratamento com aplicações elétricas transcorticais. No
meu caso, vamos começar com 2 miligramas dia pois o organismo precisa de tempo
para adaptação. Caso não haja aumento dos glóbulos brancos (acompanhamento
semanal) a cada 3 dias vamos aumentando
a dosagem até atingir 100 miligramas. Normalmente, há boa resposta a partir dos
50 miligramas dias. Quanto a novidade, está sendo lançado um produto de alto
nível para distônicos. É um remédio americano que deverá chegar ao consumidor
ao preço pouco superior a 9 mil dólares a caixa com 30 comprimidos e
aparentemente sem efeitos colaterais importantes. Indicação inclusive para
distonias severas, com espasmos diversos. Para saber mais acesse o Blog: distoniafocal.blogspot.com