domingo, 1 de julho de 2018


Chegando de São Paulo. Mais uma consulta. Desta feita com o Professor Doutor  Luiz Augusto Franco de Andrade.  Ele é neurologista especializado em distonias focais primárias e secundárias. Uma das questões interessantes sobre o tema Distonia é que não há causas específicas com pacientes de todos os segmentos e estilos de vida. Nota-se  que  alguns pacientes tem órgãos atingidos, pela excelência no que fazem, caso do Maestro João Carlos Martins (pianista), profissionais de dança com movimentos técnicos precisos, profissionais que lidam com instrumentos de corda ou de sopro, cardiologistas cirúrgicos e outras atividades que exigem sintonia fina e de outros registros de exímios profissionais das mais variadas áreas. Em razão do baixo números de distônicos, os avanços tem sido lentos nessa área. Há inclusive a implantação de eletrodos na área afetada. Cirurgia invasiva e recomendada em casos severos. Quanto as muitas sensações que paciente reclamam, vem a reboco do própria problema em razão da impotência em lidar com ele. Quanto aos poucos casos de reversão espontânea, todos eles ocorreram tendo os pacientes algo em comum. Desistiram de lutar com a doença, como se diz na gíria, jogaram a toalha. No meu caso, a curiosidade de tantos quantos anseiam por uma melhora urgente, é grande. Querem saber de tudo e sobre várias coisas. Foram 3 horas de consulta falando sobre o tema. Como eu já sabia várias coisas sobre distonias focais, nos ativemos aos fatos que eu desconhecia. Há sim várias tratamento paliativos. Alguns funcionam bem para uns e não tão bem para outros. Tudo depende muito da resposta do organismo aos medicamentos. Uma das indicações é  a aplicação da toxina botulínica que paralisa a ação contínua dos músculos antagônicos fazendo com que os agônicos trabalhem melhor. Não resolve, mas causa algum conforto ao paciente. Funciona super bem em distonias de língua e bléfaro. A aplicação é feita trimestralmente, não faz mal, porém o músculo vai perdendo a capacidade, o que não seria normal. O outro é Leponex que pode dar bom resultado, dependendo da resposta do organismo. Caso a resposta seja boa sem aumento do glóbulos brancos, a medicação poderá surtir efeito com a administração que varia de  25, 50, 75 ou 100 miligramas dia. Caso não dê resultado satisfatório ou aumente os glóbulos, suspende-se o tratamento. Uma terceira alternativa é um tratamento com aplicações elétricas transcorticais. No meu caso, vamos começar com 2 miligramas dia pois o organismo precisa de tempo para adaptação. Caso não haja aumento dos glóbulos brancos (acompanhamento semanal)  a cada 3 dias vamos aumentando a dosagem até atingir 100 miligramas. Normalmente, há boa resposta a partir dos 50 miligramas dias. Quanto a novidade, está sendo lançado um produto de alto nível para distônicos. É um remédio americano que deverá chegar ao consumidor ao preço pouco superior a 9 mil dólares a caixa com 30 comprimidos e aparentemente sem efeitos colaterais importantes. Indicação inclusive para distonias severas, com espasmos diversos. Para saber mais acesse o Blog: distoniafocal.blogspot.com