Mais uma vez neste ano, o País é tomado por uma tragédia. Indignado, o Brasil lamenta a perda de pessoas inocentes, numa escola Estadual de Suzano em São Paulo.
Só para lembrar, um adolescente e um homem encapuzados mataram oito pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), e cometeram suicídio em seguida. Quatro dos mortos no local são alunos do ensino médio. Outros dois adolescentes foram socorridos, mas morreram no hospital. Duas das vítimas são funcionárias da escola. O ataque ocorreu por volta das 9h30 de quarta-feira, dia 13 de março de 2019.
Os autores dos crimes são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos. 23 pessoas foram levadas a hospitais. Entre elas, há pessoas que ficaram feridas e outras que passaram mal após o ataque.
Dentro da escola, a polícia encontrou um revólver 38, quatro jet luders, que são plástico para recarregamento de arma, uma besta (um tipo de arco e flecha que dispara na horizontal), um arco e flecha tradicional e garrafas com aparência de serem coquetéis molotov. Um dos autores do ataque tinha uma espécie de machado na cintura. Há ainda uma mala com fios. Até o esquadrão antibombas foi chamado.
O luto é Nacional. Agora, depois do episódio "Dantesco" a pergunta que não quer calar é uma só: por que tanta violência, não apenas no Brasil mas pelo mundo afora como um todo? No fundo no fundo nós já sabemos. Depois de tantas leis exigentes, os pais perderam a autoridade sobre os filhos. Isso não pode, aquilo não pode e assim por diante.
Fatos reais, acabaram por mudar o rumo da história. Hoje quantos pais não morrem de medo dos filhos? Os professores, que já foram tão respeitados e reverenciados, hoje não passam de fantoches, sem o menor valor ou respeito para a maioria dos alunos. Alguns são até agredidos verbalmente e fisicamente.
É certo que vivemos dias de liberdade ampla e com pouquíssimas restrições. Quase tudo é liberado ou permitido. O que ainda não permitido, as pessoas fazem assim mesmo. O sentido da ética passa bem distante do pensamento da maioria. A lei de Gerson continua imperando no País.
Essa balbúrdia e selvageria que presenciamos todos os dias e acompanhamos no noticiário e aqui nas Redes Sociais tem lá suas razões: hoje são muitos direitos e poucos deveres. Onde tudo pode, não há espaço para cobranças sobre coisas mal feitas e nem espaço para atitudes civilizadas.
Chegamos ao cúmulo de achar o Hino Nacional Brasileiro, um dos mais lindos e inteligentes que existem. não passa de babaquice. Chegamos ao cúmulo de achar que a bandeira é só um um desenho ou um pano pintado. Chegamos ao absurdo de achar que Funk com suas letras horrorendas, é cultura.
Chegamos ao ponto de achar de drogas, sexo na rua, perturbação do sossego, desrespeito as minorias, preconceito e racismo são normais e fazem parte do cotidiano.Chegamos ao desgosto profundo só de imaginar que bandido neste país é tratado como vítima e a vítima como transgressora. Quando a polícia age com firmeza, para muitos, a ação é sinônimo de repressão e hostilidade.
O certo, é que se continuarmos assim, trabalhando na proteção de gente sem ética, sem moral e bárbara, fatos como o ocorrido em Suzano e outros correlatos, registrados no passado, continuarão a fazer parte do nosso dia a dia. Quantos não são mortos todos os dias durantes assaltos ou sob encomenda? Embora a repercussão seja exageradamente menor, muitas mortes que poderiam ser evitadas, continuam a acontecer. Na maioria dos casos, as investigações nunca avançam, sem falar na morosidade da justiça que ainda é bastante burocrática.
Para concluir este tema que deixou o país triste, perplexo e indignado mais uma vez: será mesmo que não sabemos as razões de tanta barbárie?