Estou falando das mudanças ocorridas nos últimos 10 anos e
que muitos nem perceberam. Durante muitos anos sexo foi tabu, poucos tinham
coragem de falar sobre sexo. Hoje, os tradicionalistas continuam pensando do
mesmo jeito. Hoje, sexo virou libertinagem e uma indústria de negócios. Um
bolso cheio de notas comanda o espetáculo. Mulheres lindas que fazem companhia,
fazem sexo e até fingem ser você o amor da vida delas, em troca de várias ou
muitas notas de reais. Neste novo tempo, as pessoas podem perder tudo até mesmo
seus valores próprios, menos o celular. A perda do celular pode gerar problemas
inimagináveis. Fumar e beber sempre fizeram parte da vida de muitos, mas agora
a febre está latente aos olhos. Fumo, bebidas, alucinógenos e todo tipo de
droga, inclusive sintéticas. Aos poucos a nossa juventude vai se perdendo para
a tristeza dos pais que perderam o controle de tudo há muito tempo. Sabe o
banheiro? Antes ele era usado para as nossas necessidade fisiológicas e de
higiene como lavar as mãos, escovar os dentes e tomar banho . Hoje os banheiros, cada vez mais bonitos, transformaram-se
em motéis, ambiente de luxúria, estúdio de filmagem e fotográfico. Quantas
selfies já foram feitas em lindos banheiros como pano de fundo? Certamente que
incontáveis. Mortos em ambientes de velório não servem mais para a família
viver a dor do momento e sim para selfies das pessoas ao lado do caixão, como
se isso fosse bonito ou um prêmio. Nesses novos tempos, As igrejas que se
proliferaram em todo o mundo, passaram de casa de orações e encontro com o
divino, para ambiente de negócios, inveja, maldizeres, mentiras e encontros.
Hoje, homens e mulheres tem mais uma gravidez a doenças sexualmente
transmissíveis e até fatais. Pasmem, meus leitores. Os serviços de fast-food solicitados
chegam infinitamente mais rápidos que os serviços de saúde. A ambulância demora
a chegar e muitas vezes nem chega ou quando chega o paciente já está sem vida.
Nos hospitais e pronto atendimento, tudo é rápido quando há dinheiro e tudo é demorado
como se o sofrimento alheio fosse pouco importante. Muitos são mal atendimento
e até morrem a espera de socorro. Em tempos modernos, as pessoas temem mais a
criminalidade do que a Deus. Se é que acreditam em Deus em razão do aumento do número
de ateus e agnósticos. Vivemos tempos
diferentes onde as amizades e até ao valor da família perderam espaço para o
dinheiro e onde as roupas, o carro de utilizado, a casa ou apartamento onde
mora, definem o valor das pessoas. Vivemos
tempos onde as crianças e adolescentes amam mais o celular aos próprios pais. O
estar com a família foi trocado pelo estar virtual. Antigamente, assistir TV,
Almoçar ou jantar em família e outras atividades tinha a finalidade de todos
estarem juntos e engajados. Antes, mesmo separados todos estavam juntos e hoje
todos, mesmo juntos, estão sempre separados pela virtualidade. O amor, também sofreu
mudanças. O comprometimento, a cumplicidade, o carinho e atenção passaram a ser
menos importantes que uma boa selfie dando a sensação de que tudo é show. O
amor, falso, tornou-se público, virtual, cinematográfico, peça de teatro. As
fotos e vídeos de juras de amor eterno, só servem mesmo para postagem nas redes
sociais. O desejo por um espaço nos veículos de comunicação é tão grande que
acabou até virando gif. Alguém está em dificuldade, precisando de socorro,
primeiro vamos filmar, fotografar e até entrevistar para depois pensar em
socorro. Ostentação, badalação, amores
incertos, família desunida mas unida só pra foto, lugares incríveis, carros e
motos de luxo e aparentar felicidade ou ser gente importante nas redes, geram
muitos compartilhamentos, likes, popularidade, um minuto de fama.
Vivemos novos
tempos onde a cultura do corpo perfeito tornou-se mais importante que a
intelectualidade. Vivemos novos tempos onde uma lipoaspiração, uma
blefaroplastia, um implante de silicone, uma abnominoplastia e outros
procedimentos cirúrgicos, estão superando de longe um diploma universitário, uma pós ou quaisquer títulos de
especialização. Hoje uma foto ou vídeo malhando numa academia tem infinitamente
mais visibilidade que alguém estudando,
praticando o bem, mostrando ou falando sobre cultura. Estamos em tempos de agir
mais com a razão e menos com o coração. Assim a dor e a decepção são
menores. Estes novos tempos estão nos
conduzindo para caminhos de destino incerto e inimagináveis.
Aonde estamos indo na velocidade atual? Onde nós vamos parar? O que será da geração atual? O que podemos esperar das próximas gerações? É provável que não
tenhamos tempo para acompanhar o destino dessa nova geração. que está por vir. Uma coisa é certa,
algo precisa ser feito com urgência sob riscos de várias gerações estarem
caminhando a passos largos para a perdição.