Vivemos num país onde boa parte das pessoas se acham donas do mundo ou filhas dos donos ou Deus.
Muitas pessoas dão aquele famoso jeitinho brasileiro chamado "carteirada" para se livrarem de situações nas quais tiveram atitudes erradas no cotidiano.
É um tal de você sabe com quem está falando?
Com o Doutor Fulano ou a filha da Doutora Sicrana ou com a Excelentíssima Beltrana.
Parece que virou rotina as pessoas usarem do sobrenome, parentesco e até mesmo das profissões como justificativas quando cometem algum ato ilícito.
Nosso país convive com diversas arbitrariedades cotidianas e que tem ficado cada vez mais frequentes.
É uma vida as avessas que embaralha os conceitos e beneficia espertos e prejudica os honestos.
Para mudar este tipo de atitude é um bom começo saber que ninguém aqui é Deus e sim somos seres humanos.
Deus não é tão prepotente como algumas pessoas.
Um bom exemplo disto é o juiz que dirigia sem habilitação e que foi multado e quis prender a fiscal.
Parece que por ser juiz, ele pensa que está acima de todas as coisas até mesmo das leis.
A pessoa que deveria dar exemplo para as outras se iguala a muitos se achando superior pelo cargo que ocupam e expondo um preconceito escancarado com os demais.
Quem ele pensa que é?
Apenas um ser humano como qualquer outro.
Sempre falo que quanto mais a pessoa estuda maior é a ignorância, pois se acha melhor que as outras pessoas e pensa que pode humilhar os outros por não terem a oportunidade de estudo ou coisas da vida.
O que ele queria que a fiscal fizesse?
Liberasse-o sem nenhum problema por ele ser juiz?
E daí que ele é juiz?
Ele agiu errado e deve ser punido como os demais já que quem deveria defender as leis quer burlá-las em benefício próprio.
Ele é juiz apenas dentro dos tribunais fora dele é um cidadão comum e que deve obedecer as regras da sociedade.
Pior ainda o Juiz achar que é Deus e o Desembargador dar certeza, pois, condenou a agente de trânsito a pagar uma indenização ao juiz.
Gradativamente, a justiça vem perdendo o respeito, a estatura e a dignidade perante uma população cada vez mais descrente e desiludida com ela.
Infelizmente caminhamos para um Brasil órfão de referências políticas, éticas e morais.
Até quando?