A Erotomania é relacionada como uma doença psiquiátrica. Em 1921, o psiquiatra francês Gaëtan Gatian de Clérambault publicou um estudo revisionista e aprimorado sobre o que é conhecido como Erotomania. Por causa de seus estudos, a Erotomania passou a ser relacionada também com o nome de Síndrome de Clérambault. Trata-se, na verdade, de uma ilusão na qual a pessoa pensa que outra, geralmente de nível social mais elevado, está apaixonada por ela.
As primeiras referências a esse tipo de ocorrência são relatadas por Hipócrates, Erasistratus e Plutarco, ainda na Grécia Antiga. Mas na literatura considerada psiquiátrica o primeiro registro data de 1623 e foi feito por Jacques Ferrand, o que introduziu o termo “paranoia erótica” que ficou em uso até ser substituído por Erotomania. Ao longo do tempo, a concepção do que era de fato essa anomalia também sofreu alterações. Na Antiguidade, era considerada uma doença por amor não correspondido. No século XVIII, significava prática excessiva de amor físico. No século XIX, o amor não correspondido passou a ser visto como uma forma de doença mental. Já a concepção atual retrata a Erotomania como uma crença ilusória de ser amado ou amada por outra pessoa.
A Erotomania causa uma convicção delirante em um indivíduo de que outra pessoa está secretamente apaixonada por ele. As manifestações de tal delírio podem até fazer que a pessoa que sofre dessa síndrome pense que ela e a pessoa que supostamente a ama se comuniquem, de forma secreta, através de simples gestos do cotidiano. Curiosamente, é o que acontece em geral, a pessoa que é julgada como apaixonada tem pouco ou nenhum contato com o indivíduo que sofre de Erotomania e tampouco sabe que uma relação fictícia foi iniciada. É muito comum que o outro no relacionamento fictício sejam cantores, atores ou políticos. Por esse contexto, a Erotomania está relacionada nos casos de esquizofrenia.