segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Temas tão antigos e tão atuais. Discriminação, Racismo, Homofobia, Desigualdade Social e Violência contra mulher...até quando?



 É incrível, mas a forma como fomos criados é determinante para uma idade adulta mais consciente, leve e feliz. A maneira como fomos criados e educados pode ser determinante para uma vida simples e  melhor, cheia de ética, de muita probidade, de discernimento, de deliberações, de respeito aos seres e de moral. Obvio que as maldades podem ser aprendidas e cultivadas de acordo com o meio futuro, mas para a muito o senso do correto e do incorreto, ainda bate forte na alma. Claro que ao longo de décadas nos acostumamos a levar vantagens pessoais em quase tudo. Isso ocorre porque não raciocinamos. Se eu estou levando vantagem, o meu próximo está perdendo. Se estou aproveitando-me de uma situação de desespero de alguém, significa que estou levando vantagem em detrimento do sofrimento de outrem. Até onde isso é moral ou ético. Conheço um cidadão que está sempre com dinheiro na mão e vive aguardando as oportunidades para acabar de matar, quem já está morrendo. Exemplo: você possui uma casa que vale meio milhão de reais. Seu filho precisa fazer uma cirurgia no exterior que custa 300 mil reais. Para vender a casa com urgência, você praticamente joga fora o imóvel. Rapidamente, vai aparecer o compadre do capeta interessado em se locupletar da desgraça alheia. Todos nós nascemos sem problemas existenciais e livre. Tudo o que aprendemos tem como base, em princípio a educação dada pelos pais ou próximos. Depois, numa segunda fase a educação de casa passa a receber a educação acadêmica e todos os conceitos passam a ser confrontados com a educação das ruas e depois na vida adulta com as relações de poder. Poucos são incorruptíveis. A maioria, pode apostar, tem o seu preço. Dificilmente todo o senso ético poderia sobreviver diante de uma avalanche de asseios e convencimentos que partem em direção a nós, de todos os lados. Porém, para quem tem princípios firmes, a corrupção do corpo pode ser mais difícil de se processar. Este preâmbulo sobre valores é para que eu possa desembocar em outros princípios tão raros de serem respeitados. Um deles é o princípio do respeito humano e da bondade que deveriam ser virtudes natas do próprio ser. A violência contra a mulher, que é tão comum e que jamais deveria ser, é uma atitude extremamente repugnante para qualquer ser com o mínimo de capacidade intelectiva voltada para o bem. A vezes temos a sensação de os humanos carregam na alma uma besta fera, sempre pronta para agir com base no não raciocinar ou na falta de hábito de contar até 10. A violência contra a mulher merece punição mais rigorosa e as denunciam devem aumentar ainda mais. Sou contra violência doméstica de quaisquer naturezas. Ainda sobre a educação recebida em casa, outro fator enojador é o racismo. Como pode uma pessoa se sentir superior a outra tendo como base a cor da pele? Como pode alguém ter a capacidade de criar piadas discriminatórias das mais diversas por conta da cor da pele? Vale lembrar que o racismo tem um fundo forte entranhado nos chamados brancos, por conta de influências maléficas de preconceituosos, pois todos nascemos com a consciência de somos humanos. Desejo que as diferenças étnicas e religiosas tenham um fim por meio do respeito. A homofobia é outra prática lamentável daqueles que se preocupam com uma suposta transgressão, ignoram as diferenças e querem defender o indefensável por questões de identidade de gênero. Somos livres, portanto nos é facultado ir e vir, fazer o que desejarmos, desde que não haja ameaças as leis, que são capazes de balizar a melhor convivência. E por fim, talvez a mais injusta de todas as agruras a que estamos expostos, a desigualdade social continua sendo a responsável pelo caos humano, onde pouquíssimos são donos de tudo e  quase todos são donos de nada. 


Ainda bem que todas as diferenças são zeradas diante de um túmulo sempre pronto a engolir a todos, sem dó, nem piedade. A diferença estaria no pós-passagem. O que seria dos grandes, dos maldosos e dos injustos? O que seria, hora em diante, dos oprimidos, discriminados e escravizados?