domingo, 26 de agosto de 2018

É tempo de eleição. Está no ar o Horário Político no Rádio e na Televisão. Nas Redes Sociais, as postagens estão acontecendo faz tempo. Teremos de aguentar promessas e muito falatório, inclusive de uns candidatos contra os outros. Pode apostar que as alfinetadas serão incontáveis.



Ano eleitoral é sempre a mesma coisa, independente da cidade. Centenas de candidatos, muitos concorrendo ao primeiro mandato e fazendo de tudo para ganhar os votos dos eleitores. Prometer faz parte das propostas eleitorais dos candidatos, mas como avaliar quais promessas são viáveis à execução e quais são apenas formas de encantar o eleitor? O que sabemos é que, independentes de as promessas serem viáveis ou não, elas dificilmente saem do papel, como estamos assistindo ao mesmo filme há anos.
Não é novidade que o povo está cansado de ouvir promessas. Porém, é de suma importância que nós, eleitores, tenhamos a mínima noção do que está sendo proposto e do que realmente é permitido a um candidato realizar, afinal só poderemos cobrar aquilo que é possível ser feito. Diga-se de passagens, muitos candidatos não sabem nem o que faz um vereador, deputado, senador e assim por diante.Como diria o Tiririca: eu não sei o que faz um deputado mas eu vou descobrir e depois eu conto. E ele descobriu e ficou decepcionado. O que um parlamentar faz é bem diferente do que deveria fazer. Enfim, essa é outra história.
Voltando ao tema promessas.“Trocando em miúdos”, durante as campanhas, inúmeros candidatos prometem que irão fazer coisas, que se cada um deles conhecesse um pouco das suas futuras atribuições, existiria a possibilidade de não iludir os eleitores com promessas impossíveis de cumprir. Entretanto, essas atribuições são temas para um outro texto, certamente mais complexo.
Desde 2010, é obrigatoriedade dos candidatos aos cargos do executivo apresentar programas de governo no ato do registro de suas candidaturas na Justiça Eleitoral. Entre as promessas mais comuns estão a redução dos impostos, talvez porque o peso da carga tributária sempre foi – e ainda é – uma das principais reclamações dos brasileiros; melhorias na saúde, que é precária tanto pela falta de profissionais quanto pelas condições estruturais dos hospitais; melhorias no trânsito, super congestionado pela quantidade de veículos inversamente proporcional ao número de vias nas cidades; e a garantia da segurança publica de qualidade, que dispensa qualquer tipo de comentário pelo que a gente assiste nos veículos e até a olho nú, no dia a dia. E a criminalidade não é mais "privilégio" dos grandes centros.
E quando questionamos o porquê os políticos brasileiros não cumprem suas promessas de campanha, a resposta é simples: por mais boa vontade que os eleitos tenham, prometem coisas impossíveis de cumprir, ou seja, é inviável, prometer aquilo que não pode acontecer num curto espaço de tempo, por exemplo, a construção de 10 hospitais públicos em 4 anos.
Para evitar que promessas de campanha sirvam apenas para preencher o espaço da propaganda eleitoral já foi criado o “Portal Compromisso Público”, onde serão registradas as promessas e os passos dos políticos em todo país. Além deste, um projeto de emenda constitucional foi apresentado pela Rede Nossa, que reúne mais de 600 ONGs. Ele exige que os políticos eleitos anunciem, em até 90 dias após a posse, um Programa de Metas e Prioridades para o mandato, além de propor que o cumprimento das promessas políticas seja obrigatório para o presidente, os governadores e os prefeitos.
Para finalizar, temos de ter consciência de que a política partidária não deve ser uma ponte para conseguir emprego e nem de interesses pessoais. Os políticos são representantes do povo – nossos representantes – e devem trabalhar em prol do povo. Não podemos pactuar com a falta de bom senso e o despreparo evidente de muitos candidatos. Que prevaleça o bom senso dos políticos e especialmente de nossa parte-eleitores-que mais uma vez vamos escolher os nossos representantes. Que sejamos mais coerentes moralmente e eticamente no momento da escolha. Não vote nesse ou naquele, só porque ganhou um abraço ou um cafezinho w um biscoitinho. Fique ligado e bom voto!