Ao que eu saiba, meu saudoso Pai nunca leu um livro de grande pensadores ou filósofos renomados, mas tinha um pensamento nato, muito filosófico. Um deles era sobre a finitude do corpo e da morada eterna como parte do divino. Vamos entender essa linha de raciocínio?A crença de que, com a morte do corpo, não morremos de fato, mas passamos a fazer parte do divino em outra dimensão do universo, reflete uma perspectiva espiritual ou metafísica sobre a vida após a morte. Seu saudoso pai, ao adotar essa visão, provavelmente estava expressando uma série de concepções que podem variar dependendo das crenças religiosas, filosóficas ou espirituais específicas.
A interpretação exata pode depender de contextos culturais, religiosos ou individuais, mas geralmente inclui alguns elementos comuns:
Continuidade da Existência: A ideia de que a morte não é o fim absoluto, mas sim uma transição para outra forma de existência. Essa perspectiva frequentemente sugere que a essência fundamental de uma pessoa continua a existir de alguma maneira.
Conexão com o Divino: A noção de que, após a morte, entramos em uma esfera ou dimensão que está em sintonia com o divino ou com forças espirituais mais elevadas. Pode ser vista como uma fusão ou integração da individualidade na totalidade do sagrado.
Transformação: A ideia de mudança e transformação após a morte. Em vez de simplesmente cessar de existir, acredita-se que a pessoa experimenta uma metamorfose ou evolução espiritual.
Parte do Universo: A concepção de que, ao passar para outra dimensão, tornamo-nos parte integrante do universo de uma maneira mais profunda e significativa. Isso muitas vezes implica uma conexão mais estreita com a energia cósmica ou a essência fundamental do universo.
Transcendência do Corpo: A noção de que a identidade vai além do corpo físico. Essa perspectiva muitas vezes implica que a verdadeira natureza de uma pessoa é espiritual e não está limitada às características físicas.
É importante notar que essa visão é variável e pode assumir diferentes formas em diferentes tradições espirituais, religiosas ou culturais. Cada pessoa pode interpretar essas ideias à sua maneira com base em suas crenças pessoais e experiências. Essa perspectiva pode oferecer consolo e significado diante da perda de entes queridos, fornecendo uma visão mais ampla e transcendental da existência além da vida terrena. (Samuel Lopes)