O Facebook foi
uma criação extraordinária que aproxima pessoas das mais diversas regiões do
mundo. Aproxima pela imagem, pelas idéias, pelo conceito, pelas histórias em
comum. O Facebook já promoveu por meio de suas páginas alguns encontros
nefastos, tristes ou mesmo horrorendos mas também aproximou pessoas parecidas e
que encontraram a felicidade com parceiros que tiveram os primeiros contatos
pela Rede Social. Deixando essas questões de lado, o Facebook além de
instrumento de aproximação pode também funcionar como um elo que liga pessoas
descontroladas, problemáticas e doentes a pessoas saudáveis do lado de lá. Para
o problemático, encontrar alguém centrado e com as palavras certas a dizer, é
bastante saudável e faz um bem enorme aos desesperados. A análise que gostaria
de fazer é: como fica a mente para-raio de um internauta como eu que já foi
bombardeado de tantos reclamações, mimimis, histórias tristes, dramáticas,
conversas tolas e assim por diante? Há duas maneiras de analisar a questão. Uma
delas, é o que muita gente faz. Ouve a reclamação por um ouvido e sai pelo
outro. É o tipo que ouve por ouvir, mas que não está preocupado com você e nem
dá a mínimo ao reclamante. Por outro lado, existem aqueles (meu caso) que ouve
em detalhes e faz análises sobre as questões com o objetivo de ajudar ou
minorar a dor e o sofrimento. É a você que não repele e sim absorve os
problemas, que eu quero me dirigir. Ouvir alguém reclamar, mesmo que seja você
mesmo, nunca fez bem. Algumas pessoas dizem que reclamar pode agir como uma
catarse, uma maneira de descarregar emoções e experiências negativas. Mas olhar
com mais atenção ao que o ato de reclamar realmente faz para o cérebro nos dá
motivos reais para lutar por um estado de espírito mais positivo e eliminar o
mimimi de nossas vidas. O cérebro é um órgão complexo que, de alguma forma,
funciona em conjunto com a consciência para criar a personalidade de um ser
humano, sempre aprendendo, sempre recriando e se regenerando. É ao mesmo tempo
o produto da realidade e o criador da realidade, e a ciência está finalmente
começando a entender como o cérebro cria a realidade. Autor, cientista da
computação e filósofo, Steven Parton, examinou como as emoções negativas na
forma de reclamações, tanto expressas por você mesmo ou vindas de outros,
afetam o cérebro e o corpo, nos ajudando a entender por que algumas pessoas
parecem não conseguir sair de um estado negativo. Sua teoria sugere que a
negatividade e a reclamação realmente alteram fisicamente a estrutura e função
da mente e do corpo. “Sinapses que disparam juntas, se mantém juntas”, diz
Donald Hebb, que é uma maneira concisa de compreender a essência da
neuroplasticidade, a ciência de como o cérebro constrói suas conexões com base
em tudo a que é repetidamente exposto. Negatividade e reclamações irão
reproduzir mais do mesmo, como essa teoria destaca.
Donald Hebb explica ainda: By Curtis Neveu – Own
work, CC BY-SA 3.0
“O princípio é simples: em todo o
seu cérebro há uma coleção de sinapses (responsáveis por transmitir as
informações de uma célula para outra) separadas por espaços vazios chamados de
fenda sináptica. Sempre que você tem um pensamento, uma sinapse dispara uma reação
química através da fenda para outra sinapse, construindo assim uma ponte por
onde um sinal elétrico pode atravessar, carregando a informação relevante do
seu pensamento durante a descarga. … toda vez que essa descarga elétrica é
acionada, as sinapses se aproximam mais, a fim de diminuir a distância que a
descarga elétrica precisa percorrer… o cérebro irá refazer seus próprios
circuitos, alterando-se fisicamente para facilitar que as sinapses adequadas
compartilhem a reação química e, tornando mais fácil para o pensamento se
propagar.“ Além disso, a compreensão desse processo inclui a ideia de que as
ligações elétricas mais utilizadas pelo cérebro se tornarão mais curtas,
portanto, escolhidas mais frequentemente pelo cérebro. Isso explica como a
personalidade é alterada. No entanto, como seres conscientes, temos o poder de
modificar esse processo, simplesmente ao nos tornarmos conscientes de como o
jogo universal da dualidade atua no momento em que surgem os pensamentos. Nós
temos o poder de escolher criar pensamentos conscientes de amor e harmonia,
garantindo, assim, que o cérebro e a personalidade sejam positivamente
alterados. A empatia e o efeito em grupo. Vamos além do efeito que a reclamação
tem sobre o próprio indivíduo. Essa linha de raciocínio científico se estende
até a dinâmica entre duas pessoas, explicando cientificamente como a reclamação
joga outras pessoas para baixo. Assim, quando alguém derrama um caminhão de
fofocas, de negatividade e drama em cima de você, você pode ter certeza que
está sendo afetado bioquimicamente, diminuindo as suas chances ser feliz. A
exposição a esse tipo de explosão emocional realmente provoca stress. E já
sabemos que o estresse mata. Portanto, reclamação e negatividade podem
contribuir seriamente para a sua morte precoce. Parton refere-se a essa
perspectiva como “a ciência da felicidade”, e este comportamento de reclamação
contínua oferece um estudo propício para a ligação entre o poder do pensamento
e a capacidade de controle que uma pessoa pode ter sobre a criação de sua
realidade tridimensional. “… Se você está sempre reclamando e menospreza o seu
próprio poder sobre a realidade, você não pensa que tem o poder de mudar. E
assim, você nunca vai mudar. O meu conselho é para que todos aqueles que
são metralhados diariamente por conversas negativas, assuntos ruins, questões
dramáticas, problemas seriíssimos que geram pena e assim sucessivamente, ao
menos tentem ficar longe de gente que poderá piorar o seu dia e o seu bem
estar. Por isso mesmo, existem os profissionais da área. Psicólogos, Terapeutas
e psiquiatras. Que essas pessoas procurem profissionais especializados em lidar
com essas questão. Por serem profissionais, não se envolvem, apenas orientam
pelo melhor caminho a seguir.