Os produtores de uva de Marialva, perto de Maringá, vem sofrendo por conta dos preços baixos pagos pelos compradores. No campo, os produtores recebem uma oferta inferior a 1 real pelo quilo da uva. Esse valor, não paga a produção. O pior, é que além da tristeza dos produtores que veem seu trabalho escoando pelo ralo, nem tem condições e fazer a doação das uvas para entidades e a quem precisa, pois para que a doação seja feita, há de se trabalhar mais ainda. Por outro lado, o preço da uva no supermercado é absurdamente alto. Sabe por que? Por causa dos atravessadores. Estes sim, são os que mais ganham, pois nada produzem e ficam com lucros exorbitantes. A caminhada do fonte ao consumidor final mais atravessadores, redunda em situações vergonhosas com as que temos visto ao longo dos anos. Que pena!
A
uva é o
fruto da
videira (
Vitis sp.), uma
planta da família das
Vitaceae. É utilizada frequentemente para produzir sumo, doce (geleia),
vinho e
passas, podendo também ser consumida crua.
Entre as espécies de videiras podemos referir:
- Vitis vinifera, o tipo de videira mais frequente na produção do vinho, na Europa;
- Vitis labrusca, espécie norte-americana, utilizada na produção de sumo, uva de mesa e, algumas vezes, vinho;
- Vitis riparia, tipo de videira bravio norte-americano, usado, às vezes, para produzir vinho;
- Vitis rotundifolia, uva muscadínea, usada para doces e, por vezes, vinho;
- Vitis aestivalis, em que a variedade Norton é usada para fabricar vinho.
Videira
A
videira,
vinha ou
parreira é uma
trepadeira da família das vitáceas, com
tronco retorcido,
ramos flexíveis,
folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos,
flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária da
Ásia, a videira é cultivada em todas as regiões de
clima temperado.
[1]
A videira produz as uvas,
fruto de cujo
suco se produz o
vinho.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na região do
Egito e da
Ásia Menor durante o
período neolítico, ao mesmo tempo em que a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a
cultivar alimentos e
criar gado, além de produzir
cerâmica.
História
O cultivo da uva começou cerca de 6.000 a 8.000 anos atrás, no
Oriente Médio.
[2] A
levedura, um dos primeiros microorganismos conhecidos pelo homem, ocorre naturalmente na casca das uvas, levando a produção de bebidas alcoólicas, como o
vinho. Os primeiros vestígios de
vinho tinto são vistos na
Armênia antiga, onde foi encontrada a adega mais antiga do mundo, datando de cerca de 4.000 a.C.. Por volta do
Século IX, a cidade de
Shiraz era conhecido por produzir um dos melhores vinhos do
Oriente Médio. Assim, tem sido proposto que o nome do vinho tinto de Syrah possui origens em Shiraz, uma cidade na Pérsia, onde a uva foi usada para fazer vinho Shirazi.
Hieróglifos no
Antigo Egito recordam o cultivo de uvas, e a história atesta também que povos antigos da
Grécia,
Fenícia e
Roma também cultivavam uvas para a alimentação e produção de vinho. Mais tarde, o cultivo de uvas se espalhou pela
Europa, norte da
África e, finalmente,
América do Norte. Uvas pertencentes ao gênero
Vitis proliferaram naturalmente nas selvas da América do Norte, e foram parte da dieta de muitos nativos americanos, mas foram considerados pelos colonizadores europeus como impróprio para a produção de vinho.
Brasil
No
Brasil o cultivo da videira começou em
1535, na
Capitania de São Vicente trazida pelos portugueses.
A imigração italiana em
São Paulo e na
Região Sul do Brasil no final do
século XIX deu um grande impulso à cultura. O consumidor pode saborear uva o ano todo. Uma pesquisa sobre os hábitos de compra do consumidor de uva feita pela equipe do CQH da
CEAGESP mostrou que os consumidores procuram a uva nas gôndolas e que a doçura da baga é a característica determinante da compra.
São Paulo,
Paraná,
Rio Grande do Sul,
Santa Catarina,
Pernambuco e
Bahia são grandes produtores. As melhores épocas de produção variam com as características climáticas de cada região.
No Entreposto Terminal de São Paulo da CEAGESP predominam as uvas originárias do estado de São Paulo das regiões de
Botucatu,
Campinas,
Itapetininga e
Sorocaba, no período de
novembro a
março, e de
Dracena e
Jales de
julho a
novembro. O Estado do Paraná é o maior fornecedor nacional de julho a novembro, uma janela de mercado onde entram poucos fornecedores. O
Nordeste do Brasil concentra a sua oferta de
agosto a
dezembro.
A uva é uma das frutas mais exportadas e também uma das mais importadas pelo
Brasil. Uvas chilenas, americanas, argentinas tem no Brasil um mercado cada vez maior. A Câmara Setorial de Frutas, órgão da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo apresenta as normas de Classificação da Uva (
Vitis vinifera L.).
A adição dessas normas trará confiabilidade à comercialização, conferindo competitividade à uva, beneficiando toda a cadeia de produção.
Características
As uvas crescem em cachos de 15 a 300 frutos, e podem ser vermelhas, pretas, azul-escuras, amarelas, verdes, laranjas e rosas. "Uvas brancas" são naturalmente de cor verde, e são evolutivamente derivados da uva roxa. Mutações em dois genes reguladores de uvas brancas desativam a produção de
antocianinas, que são responsáveis pela cor púrpura das uvas.
As antocianinas e outros polifenóis são responsáveis pelo vários tons, que variam de roxo a vermelho.
Os frutos também podem ser usados na fabricação de vários produtos, como
geleias,
sucos,
sorvetes e
refrigerantes, e sua casca pode ser usada para fabricar
panetone.